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Coleção Pe. Jesus Santiago Moure:

História

1930

A entomologia no Paraná teve início na década de 1930, a partir de trabalhos do Padre Jesus Santiago Moure realizados no Museu Paranaense[1]. No período em que foi diretor do Museu, entre 1952 e 1954, o Pe. Moure deu início a importantes coleções biológicas e bibliográficas, resultando em um grande acervo na área da entomologia [2]. Com o desmembramento do museu Paranaense em 1956, o Padre Jesus Santiago Moure, então professor de Zoologia da Universidade Federal do Paraná, deu início a nova coleção entomológica, que em homenagem aos seus esforços, passou a ser chamada Coleção Entomológica Padre Jesus Santiago Moure (DZU, P) em 1982 [1,3]. Atualmente, esse acervo localiza-se no Departamento de zoologia do Setor de Ciências Biológicas da UFPR em Curitiba, PR.

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Padre Moure

Fonte- DZUP

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1954

Danúcia Urban
Fonte- UFPR

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Olaf Hermann Hendrik Mielke
Fonte: UFPR/TV

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Germano Neto
Fonte: Arquivo pessoal

 

1970 - 1980

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Mirna Casagrande

Fonte- Arquivo Pessoal

Claudio J. de Carvalho

Fonte- UFPR

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1975- 2004

Germano Rosado Neto
Fonte- Arquivo Pessoal

Missão

A Coleção Entomológica Pe. Jesus Santiago Moure tem a missão de valorizar e preservar o acervo biológico do departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná visando subsidiar as atividades voltadas a pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico, à prestação de serviços, ao ensino e à formação de recursos humanos.

O acervo DZUP era constituído pela coleção pessoal do Professor Jesus Santiago Moure que atuou em quase toda a sua vida científica no estudo com as abelhas neotropicais (Hymenoptera: Apoidae). No intuito de enriquecer o acervo, algumas coleções foram adquiridas. A primeira dela a Coleção de Felipe Justus Junior no final da década de 50 contendo cerca de 8.000 exemplares [1,4]. Justus, trabalhava como maquinista da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina e atuou como colecionador amador realizando coletas por onde passava, principalmente na região de Ponta Grossa, possuindo um grande acervo de exemplares do estado do Paraná[1]. A partir de 1954 a coleção de Apoidea (Hymenoptera) se fortaleceu pela admissão das Professoras Bernadete Lucas e DanúnciaUrban[1]. Na década de 60 o acervo teve uma diversificação com a entrada de novos professores pesquisadores, no estudo de Apoidea e posteriormente Ichneumonidae, Vinaldo Graf; Cerambycidae (Coleoptera), Renato Contin Marinoni; Membracidae (Hemiptera Auchenorryncha), Albino Morimasa Sakakibara; Lepidoptera, Olaf Hermann Hendrik Mielke; Apoidae (Hymenoptera), Sebastião Laroca e Cerambycidae Fioravante Giacomel (Coleoptera) [1]. Concomitantemente, a partir de 1962, as coletas de Claudionor Elias auxiliaram no crescimento da coleção com exemplares do Sul de Minas (Passos, Araxá, Ibiá, etc.) e do Espírito Santo (Linhares, Baixo Guandu, Santa Teresa, Conceição da Barra, etc.). Essas coletas foram realizadas com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Rockfeller[4].  

Nos anos posteriores, nas décadas de 1970 e 1980, foram admitidos para o corpo docente professores que auxiliaram a engrandecer o acervo de Coleoptera, são eles: Dilma Solange Napp (Cerambycidae), Zundir José Buzzi (Chrysomelidae: Cassidinae), Germano Rosado Neto (Curculionidae) [1]. Mirna Martins Casagrande (Lepidoptera), Sônia Maria Noemberg Lazzari (Hemiptera: Aphididae) e Claudio José Barros de Carvalho (Diptera) [1].

     Em 1984, foi criado o Centro de Identificação de Isentos Fitófagos (CIIF), adjunto ao Departamento de Zoologia, como produto do Programa Nacional de Zoologiado Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que possibilitou a contratação de entomólogos para a identificação de insetos, organização da coleção entomológica e levantamento de insetos no estado do Paraná [1].  Com recursos do CIIF foram contratados Lúcia Massutti de Almeida (Coleoptera), Maria Christina de Almeida (Hymenoptera), e em Hemiptera os professores Rodney Ramiro Cavichioli e Keti Zanol, que posteriormente passaram a integrar o corpo docente do Departamente de Zoologia [1].

O primeiro curador geral da coleção foi o Prof. Padre Jesus Santiago Moure. Posteriormente, no período de 1975 a 1990 e de 1998 a 2004 à curadoria da coleção foi realizada pelo Professor Germano Henrique Rosado Neto [5].

     Na primeira gestão de Curadoria do professor Germano, recursos provindos de projetos da FINEP, permitiram uma ampla reforma nas instalações da coleção, com a aquisição de equipamentos para a organização e manutenção do repositório [5].No mesmo período, o acervo também contou com dois projetos para seu enriquecimento: Organização da Coleção Entomológica do Departamento de Zoologia e Levantamento da Fauna Entomológica do Estado do Paraná (PROFAUPAR) [4].

     O PROFAUPAR teve início em 1986, por iniciativa do Prof. Renato Marinoni,

com a finalidade realizar um levantamento entomológico em oito pontos do estado do Paraná. Levando em conta o tipo de vegetação, altitude, clima, entre outros, foram instaladas armadilhas do tipo malaise e luminosa nos seguintes locais: Antonina, São José dos Pinhais, Colombo, Ponta Grossa, Guarapuava, Fênix, Telêmaco Borba e Jundiaí do Sul. Com cooperação de outros entomólogos pesquisadores do Departamento de Zoologia, muitos exemplares foram coletados. Parte deste material foi montado em alfinetes entomológicos e uma parte está acondicionado em potes de álcool na coleção via úmida.

    Além dos esforços na coleta e identificação de exemplares por professores do Departamento, o acervo foi também enriquecido pela aquisição, com recursos do CIIF, total ou em parte, das Coleções de Paul Gagarin, Romulo Ferreira d´Almeida, Heinz Ebert, Fritz Plaumann, Anton Maller, Moacir Alvarenga e DmytroZajciw. As três primeiras elevaram o acervo de Lepidoptera, com alguns exemplares tipo. As quatro últimas enriqueceram o acervo, principalmente, em Coleoptera. Com cerca de 10.000 exemplares a coleção de Fritz Plaumann elevou o número de exemplares tipos, principalmente das famílias Scolytidae e Gyrinidae. O acervo de Anton Maller engrandeceu a coleção de famílias, Scarabaeidae, Chrysomelidae, Cerambycidae e Curculionidae. A coleção de Moacir Alvarenga, com cerca de 25.000 exemplares, enriqueceu o acervo da família Erotylidae, trazendo entre os exemplares, holótipos, parátipos e homeótipos. O acervo de Dmitro Zajciw trouxe exemplares tipos de Cerambycidae. O enriquecimento do grupo de estudos de Coleoptera também ocorreu devido a permutas e doações feitas por Dr. Carlos Alberto Campos Seabra, Dr. Ubirajara R. Martins do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, e por Dr. Miguel A. Monné do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro [4].

Luciane Marinoni

Fonte- Arquivo Pessoal

Luciane Marinoni

2004 - 2019

Entre 2004 e 2018 a curadoria da Coleção Pe. J. S. Moure esteve sob os cuidados da Profa. Luciane Marinoni que atua no estudo de Diptera. Desde 2005 a Coleção faz parte do projeto Taxonline (Rede Paranaense de Coleções Biológicas) coordenado pela professora Luciane Marinoni. Este projeto tem por objetivo, principal, a informatização das coleções da rede e disponibilização dos dados através da internet [6].

    Em 2012, a coleção esteve sob a curadoria da Profa. Cibele Stramare Ribeiro-Costa. Neste período foram realizadas reformas na infraestrutura da Coleção e a instalação de alguns armários deslizantes [7].

 

    Em 2013 como a admissão do Prof. Rodrigo Feitosa teve início o enriquecimento do acervo de Fomicidae, através do estabelecimento de convênios e a realização de trabalhos de campo Laboratório de Sistemática e Biologia de Formigas. Foram estabelecidas relações com o Museu de Zoologia da USP (Curador Prof. Carlos Roberto Ferreira Brandão) e com o Laboratório de Mirmecologia da CEPLAC em Ilhéus (Curador Dr. Jacques Delabie). Em 2014, a entrada do Prof.  John Lattke, ampliou o acervo com o depositado de uma réplica completa da coleção de formigas do Museo de Zoología Agrícola, (Maracay, Venezuela), que pertenciam ao acervo pessoal do docente, e a incorporação de exemplares representantes de diversas regiões do mundo.

    Em 2018, o recebimento da doação da Coleções Kempf, Borgmeier e Diniz, da Universidade Federal de Goiás (UFG) ampliou o acervo, incorporando 50 mil espécimes, com representantes da maioria dos gêneros e espécies da Região Neotropical, entre eles importantes espécimes-tipo. Ao acervo também foi ampliado devido a doações de instituições, como CEPLAC, MIZA, MZSP, UFLA, UFAC, UMC, UFOP, UFMT, UVF, UFRGS, UECE, UFMS, UFGD, UFU, UNESP, UFPE, UFRRJ, MPEG, INECOL - México, Museo Entomológico de la Universidad Nacional de Colombia, George Washington University, Smithsonian Institution, University of Utah, e o trabalho contínuo dos grupos de pesquisas coordenados pelos Profs. Rodrigo Feitosa, John Lattke e Marcio Pie do Departamento de Zoologia. Atualmente a DZUP é uma instituição de referência para depósito de material testemunho de estudos mirmecológicos no Brasil e exterior e conta com 360 gavetas com cerca de 180.000 exemplares.

    Mais tarde, entre 2015 e 2016 todo o acervo foi remanejado para substituição dos armários fixos de madeira para armários de aço compactadores deslizantes. Algumas gavetas entomológicas também foram substituídas e todo espaço foi preenchido com novas gavetas entomológicas. Assim, toda a coleção ficou padronizada e hoje, as 64 faces de armários são preenchidas com 256 gavetas cada, totalizando 16.384 gavetas entomológicas dentro da Coleção. Também foram realizadas adequações na iluminação e substituição de aparelhos de ar condicionad

Cibele Ribeiro-Costa

Fonte- Arquivo Pessoal

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Rodrigo Feitosa

Fonte- Arquivo Pessoal

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John Lattke

Fonte- Arquivo Pessoal

2020

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A partir de 2020, enfrentando os desafios propostos pela pandemia do COVID-19, assumiu como curador geral da coleção o Dr. John Edwin Lattke, e a vice curadora, Dra Luciane Marinoni. O Dr. John Lattke, renomado sistemata de formigas, chegou à UFPR em 2014 e trouxe consigo o rico material representativo de formigas de diversas regiões do mundo, além da réplica da coleção de formigas do Museo de Zoologia Agrícola Maracay – Venezuela, que hoje incorpora o acervo da Coleção. Permanecem também na subcuradoria os professores: Dra. Lúcia Massutti de Almeida em Coleoptera, o Dr. Cláudio Jose Barros de Carvalho em Diptera, Rodney Ramiro Cavichioli em Hemiptera, Gabriel Augusto Rodrigues de Melo em Hymenoptera, Mirna Martins Casagrande em Lepidoptera, Renato José Pires Machado em Neuroptera e Ângelo Parise Pinto em Odonata.

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Coleção Pe. Jesus Santiago Moure:

História

1930

A entomologia no Paraná teve início na década de 1930, a partir de trabalhos do Padre Jesus Santiago Moure realizados no Museu Paranaense[1]. No período em que foi diretor do Museu, entre 1952 e 1954, o Pe. Moure deu início a importantes coleções biológicas e bibliográficas, resultando em um grande acervo na área da entomologia [2]. Com o desmembramento do museu Paranaense em 1956, o Padre Jesus Santiago Moure, então professor de Zoologia da Universidade Federal do Paraná, deu início a nova coleção entomológica, que em homenagem aos seus esforços, passou a ser chamada Coleção Entomológica Padre Jesus Santiago Moure (DZU, P) em 1982 [1,3]. Atualmente, esse acervo localiza-se no Departamento de zoologia do Setor de Ciências Biológicas da UFPR em Curitiba, PR.

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Padre Moure

Fonte- DZUP

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1954

Danúcia Urban
Fonte- UFPR

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Olaf Hermann Hendrik Mielke

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Germano Neto
Fonte: Arquivo pessoal

 

1970 - 1980

Dra. Mirna Martins Casagrande.jpg
Sonia Lazzari_edited.jpg
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Mirna Casagrande

Fonte- Arquivo Pessoal

Claudio J. de Carvalho

Fonte- UFPR

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1975- 2004

Germano Rosado Neto
Fonte- Arquivo Pessoal

Missão

A Coleção Entomológica Pe. Jesus Santiago Moure tem a missão de valorizar e preservar o acervo biológico do departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná visando subsidiar as atividades voltadas a pesquisa, ao desenvolvimento tecnológico, à prestação de serviços, ao ensino e à formação de recursos humanos.

O acervo DZUP era constituído pela coleção pessoal do Professor Jesus Santiago Moure que atuou em quase toda a sua vida científica no estudo com as abelhas neotropicais (Hymenoptera: Apoidae). No intuito de enriquecer o acervo, algumas coleções foram adquiridas. A primeira dela a Coleção de Felipe Justus Junior no final da década de 50 contendo cerca de 8.000 exemplares [1,4]. Justus, trabalhava como maquinista da Rede de Viação Paraná-Santa Catarina e atuou como colecionador amador realizando coletas por onde passava, principalmente na região de Ponta Grossa, possuindo um grande acervo de exemplares do estado do Paraná[1]. A partir de 1954 a coleção de Apoidea (Hymenoptera) se fortaleceu pela admissão das Professoras Bernadete Lucas e DanúnciaUrban[1]. Na década de 60 o acervo teve uma diversificação com a entrada de novos professores pesquisadores, no estudo de Apoidea e posteriormente Ichneumonidae, Vinaldo Graf; Cerambycidae (Coleoptera), Renato Contin Marinoni; Membracidae (Hemiptera Auchenorryncha), Albino Morimasa Sakakibara; Lepidoptera, Olaf Hermann Hendrik Mielke; Apoidae (Hymenoptera), Sebastião Laroca e Cerambycidae Fioravante Giacomel (Coleoptera) [1]. Concomitantemente, a partir de 1962, as coletas de Claudionor Elias auxiliaram no crescimento da coleção com exemplares do Sul de Minas (Passos, Araxá, Ibiá, etc.) e do Espírito Santo (Linhares, Baixo Guandu, Santa Teresa, Conceição da Barra, etc.). Essas coletas foram realizadas com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Rockfeller[4].  

Nos anos posteriores, nas décadas de 1970 e 1980, foram admitidos para o corpo docente professores que auxiliaram a engrandecer o acervo de Coleoptera, são eles: Dilma Solange Napp (Cerambycidae), Zundir José Buzzi (Chrysomelidae: Cassidinae), Germano Rosado Neto (Curculionidae) [1]. Mirna Martins Casagrande (Lepidoptera), Sônia Maria Noemberg Lazzari (Hemiptera: Aphididae) e Claudio José Barros de Carvalho (Diptera) [1].

     Em 1984, foi criado o Centro de Identificação de Isentos Fitófagos (CIIF), adjunto ao Departamento de Zoologia, como produto do Programa Nacional de Zoologiado Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), que possibilitou a contratação de entomólogos para a identificação de insetos, organização da coleção entomológica e levantamento de insetos no estado do Paraná [1].  Com recursos do CIIF foram contratados Lúcia Massutti de Almeida (Coleoptera), Maria Christina de Almeida (Hymenoptera), e em Hemiptera os professores Rodney Ramiro Cavichioli e Keti Zanol, que posteriormente passaram a integrar o corpo docente do Departamente de Zoologia [1].

O primeiro curador geral da coleção foi o Prof. Padre Jesus Santiago Moure. Posteriormente, no período de 1975 a 1990 e de 1998 a 2004 à curadoria da coleção foi realizada pelo Professor Germano Henrique Rosado Neto [5].

     Na primeira gestão de Curadoria do professor Germano, recursos provindos de projetos da FINEP, permitiram uma ampla reforma nas instalações da coleção, com a aquisição de equipamentos para a organização e manutenção do repositório [5].No mesmo período, o acervo também contou com dois projetos para seu enriquecimento: Organização da Coleção Entomológica do Departamento de Zoologia e Levantamento da Fauna Entomológica do Estado do Paraná (PROFAUPAR) [4].

     O PROFAUPAR teve início em 1986, por iniciativa do Prof. Renato Marinoni,

com a finalidade realizar um levantamento entomológico em oito pontos do estado do Paraná. Levando em conta o tipo de vegetação, altitude, clima, entre outros, foram instaladas armadilhas do tipo malaise e luminosa nos seguintes locais: Antonina, São José dos Pinhais, Colombo, Ponta Grossa, Guarapuava, Fênix, Telêmaco Borba e Jundiaí do Sul. Com cooperação de outros entomólogos pesquisadores do Departamento de Zoologia, muitos exemplares foram coletados. Parte deste material foi montado em alfinetes entomológicos e uma parte está acondicionado em potes de álcool na coleção via úmida.

    Além dos esforços na coleta e identificação de exemplares por professores do Departamento, o acervo foi também enriquecido pela aquisição, com recursos do CIIF, total ou em parte, das Coleções de Paul Gagarin, Romulo Ferreira d´Almeida, Heinz Ebert, Fritz Plaumann, Anton Maller, Moacir Alvarenga e DmytroZajciw. As três primeiras elevaram o acervo de Lepidoptera, com alguns exemplares tipo. As quatro últimas enriqueceram o acervo, principalmente, em Coleoptera. Com cerca de 10.000 exemplares a coleção de Fritz Plaumann elevou o número de exemplares tipos, principalmente das famílias Scolytidae e Gyrinidae. O acervo de Anton Maller engrandeceu a coleção de famílias, Scarabaeidae, Chrysomelidae, Cerambycidae e Curculionidae. A coleção de Moacir Alvarenga, com cerca de 25.000 exemplares, enriqueceu o acervo da família Erotylidae, trazendo entre os exemplares, holótipos, parátipos e homeótipos. O acervo de Dmitro Zajciw trouxe exemplares tipos de Cerambycidae. O enriquecimento do grupo de estudos de Coleoptera também ocorreu devido a permutas e doações feitas por Dr. Carlos Alberto Campos Seabra, Dr. Ubirajara R. Martins do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, e por Dr. Miguel A. Monné do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro [4].

Luciane Marinoni

Fonte- Arquivo Pessoal

Luciane Marinoni

2004 - 2019

Entre 2004 e 2018 a curadoria da Coleção Pe. J. S. Moure esteve sob os cuidados da Profa. Luciane Marinoni que atua no estudo de Diptera. Desde 2005 a Coleção faz parte do projeto Taxonline (Rede Paranaense de Coleções Biológicas) coordenado pela professora Luciane Marinoni. Este projeto tem por objetivo, principal, a informatização das coleções da rede e disponibilização dos dados através da internet [6].

    Em 2012, a coleção esteve sob a curadoria da Profa. Cibele Stramare Ribeiro-Costa. Neste período foram realizadas reformas na infraestrutura da Coleção e a instalação de alguns armários deslizantes [7].

 

    Em 2013 como a admissão do Prof. Rodrigo Feitosa teve início o enriquecimento do acervo de Fomicidae, através do estabelecimento de convênios e a realização de trabalhos de campo Laboratório de Sistemática e Biologia de Formigas. Foram estabelecidas relações com o Museu de Zoologia da USP (Curador Prof. Carlos Roberto Ferreira Brandão) e com o Laboratório de Mirmecologia da CEPLAC em Ilhéus (Curador Dr. Jacques Delabie). Em 2014, a entrada do Prof.  John Lattke, ampliou o acervo com o depositado de uma réplica completa da coleção de formigas do Museo de Zoología Agrícola, (Maracay, Venezuela), que pertenciam ao acervo pessoal do docente, e a incorporação de exemplares representantes de diversas regiões do mundo.

    Em 2018, o recebimento da doação da Coleções Kempf, Borgmeier e Diniz, da Universidade Federal de Goiás (UFG) ampliou o acervo, incorporando 50 mil espécimes, com representantes da maioria dos gêneros e espécies da Região Neotropical, entre eles importantes espécimes-tipo. Ao acervo também foi ampliado devido a doações de instituições, como CEPLAC, MIZA, MZSP, UFLA, UFAC, UMC, UFOP, UFMT, UVF, UFRGS, UECE, UFMS, UFGD, UFU, UNESP, UFPE, UFRRJ, MPEG, INECOL - México, Museo Entomológico de la Universidad Nacional de Colombia, George Washington University, Smithsonian Institution, University of Utah, e o trabalho contínuo dos grupos de pesquisas coordenados pelos Profs. Rodrigo Feitosa, John Lattke e Marcio Pie do Departamento de Zoologia. Atualmente a DZUP é uma instituição de referência para depósito de material testemunho de estudos mirmecológicos no Brasil e exterior e conta com 360 gavetas com cerca de 180.000 exemplares.

    Mais tarde, entre 2015 e 2016 todo o acervo foi remanejado para substituição dos armários fixos de madeira para armários de aço compactadores deslizantes. Algumas gavetas entomológicas também foram substituídas e todo espaço foi preenchido com novas gavetas entomológicas. Assim, toda a coleção ficou padronizada e hoje, as 64 faces de armários são preenchidas com 256 gavetas cada, totalizando 16.384 gavetas entomológicas dentro da Coleção. Também foram realizadas adequações na iluminação e substituição de aparelhos de ar condicionad

Cibele Ribeiro-Costa

Fonte- Arquivo Pessoal

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Rodrigo Feitosa

Fonte- Arquivo Pessoal

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John Lattke

Fonte- Arquivo Pessoal

2020

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A partir de 2020, enfrentando os desafios propostos pela pandemia do COVID-19, assumiu como curador geral da coleção o Dr. John Edwin Lattke, e a vice curadora, Dra Luciane Marinoni. O Dr. John Lattke, renomado sistemata de formigas, chegou à UFPR em 2014 e trouxe consigo o rico material representativo de formigas de diversas regiões do mundo, além da réplica da coleção de formigas do Museo de Zoologia Agrícola Maracay – Venezuela, que hoje incorpora o acervo da Coleção. Permanecem também na subcuradoria os professores: Dra. Lúcia Massutti de Almeida em Coleoptera, o Dr. Cláudio Jose Barros de Carvalho em Diptera, Rodney Ramiro Cavichioli em Hemiptera, Gabriel Augusto Rodrigues de Melo em Hymenoptera, Mirna Martins Casagrande em Lepidoptera, Renato José Pires Machado em Neuroptera e Ângelo Parise Pinto em Odonata.

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Atualmente a coleção continua sendo enriquecida por exemplares de Coleoptera devido à pesquisa das Professoras Lúcia Massutti de Almeida e Cibele Stramare Ribeiro-Costa. Em Diptera os Professores, Cláudio Jose Barros de Carvalho, Luciane Marinoni e Mário Antônio Navarro da Silva. Em Hemiptera Prof. Rodney Ramiro Cavichioli. Em Hymenoptera os professores Gabriel Augusto de Melo, Rodrigo Gonçalves, Rodrigo Feitosa e JohnEdwin Lattke. Em Lepidoptera os Professores Mirna Martins Casagrande, O. Mielke e Eduardo Carneiro. Em Neuroptera, Renato José Pires Machado, e em Odonata, Ângelo Parise Pinto.

Hoje a Coleção Padre Jesus Santiago Moure possui cerca de 7 milhões de exemplares preservados em via seca  (alfinetados e em manta) e em via úmida, sendo uma das maiores coleções entomológicas da América Latina.  

 

 

REFERÊNCIAS

[1] MARINONI, R. C.; MARINONI L. Insetos do Brasil: Breve Histórico da Entomologia Brasileira. São Paulo: Holos, 2012.

[2] MOURE, J. S. M. Jesus Santiago Moure, o padre cientista. Portal Memória Brasileira, Maio/1998. Entrevista concedida a José Wille. Disponível em: <https://www.jws.com.br/2020/07/memoroia-jesus-santiago-moure-o-padre-cientista/>. Acesso em: 03/11/2020

[3] ENGEL, M. S.; URBAN, D.; OLIVEIRA, F. F. & SANTOS, I. A. In Memoriam: Jesus Santiago Moure (1912–2010).Journal of the Kansas Entomological Society. v. 85(1), p. 65–83. 2012. doi: 10.2307/41681225

[4] MARINONI, R. C.; ALMEIDA, L. C.; NAPP, D. S.; ROSADO-NETO, G. H. Primeira lista do material- tipo de Coleoptera da Coleção de Entomologia Pe. J. S. MOure, do Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná. Revista Brasileira da Zoologia, v. 9, n. 1/2, p. 99–126, 1992.

[5] NETO, G. H. R. Memorial - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

[6] TAXON LINE. Disponível em: <https://taxonline.bio.br/sobre.php >. Acesso em: 11/11/2020

[7] RIBEIRO-COSTA, C. S. Memorial –Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015.

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